Diferente do ano passado, o índice de queimadas em Rondônia está bem
acima da média nacional na região Norte. O mês de julho fechou com o
pior resultado e os municípios mais prejudicados, por enquanto, são
Ariquemes e Porto Velho. O clima seco tem superlotado as unidades de
saúde da capital e o mês de agosto está apenas começando.
Na última terça-feira, o Diário tratou do assunto. A média de
temperatura na capital rondoniense, segundo apurou a reportagem, é de
35º C, mas em alguns Estados a onda de calor pode chegar a 37º C, um
risco alto para a propagação do fogo. No ano passado, todos foram
testemunhas, o índice de queimadas foi bem menor e a população
testemunhou que o volume de chuva na região caiu em relação ao período
de 2014.
Em contrapartida, a cidade de São Paulo amargou (e continua
amargando) sérios prejuízos com a falta de chuva e baixo índice de água
no reservatório do Cantareira. Os paulistas tiveram que mudar alguns
hábitos. Foram obrigados a economizar água, intensificaram o rodízio no
abastecimento nas residências, hotéis e restaurantes.
E Porto Velho? O que fez? Ficou aguardando uma resposta dívida? Ao
que parece, a falta de planejamento pode sim ter contribuído para a
propagação do fogo. É comum, em alguns Estados, equipes de brigadas, que
auxiliam os bombeiros no combate aos incêndios, se formarem apenas
quando o clima esquema na região Norte.
O planejamento é fundamental. Essas políticas precisam ser constantes
pelos órgãos de fiscalização. Estabelecer multas pesadas para quem
ateia fogo não resolve o problema. A conscientização precisa chegar à
população. Não se vê na mídia propaganda de utilidade pública alertando
sobre o perigo das queimadas e muito menos encontros em áreas
consideradas com alto índice de incêndio.
Os bombeiros não vão conseguir, durante o mês de agosto, atender à
demanda de ocorrências – hoje bem próxima de 20 por dia. A maioria dos
incêndios ocorre em terrenos baldios e não há como fiscalizar e punir
quem comete esse tipo de crime.
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