Os preparativos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016 estão bem avançados e parece que os problemas também caminham no mesmo ritmo. Chamou atenção um monitoramento realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no Comitê Organizador Rio 2016 e os resultados apresentados na última sexta-feira pelos técnicos de contas produzem mais uma vez um desânimo aos amantes do esporte.
O Tribunal de Contas da União (TCU) fez algumas recomendações e determinações ao Comitê Organizador Rio 2016 (Comitê), à Autoridade Pública Olímpica (APO) e ao Ministério do Esporte (ME), decorrentes de auditoria realizada em 2013. O trabalho anterior analisou a estrutura de governança dos agentes envolvidos na gestão dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016, bem como a carteira de projetos essenciais, as responsabilidades e os níveis de execução de serviços ou obras.
Na página eletrônica do TCU é possível localizar os indícios de irregularidades. O Diário teve acesso à análise do tribunal e foi constatado que o orçamento do Comitê tem falhas na transparência, pois os gastos apresentados na internet são genéricos, com nível de segregação elevado, não permitindo, aos cidadãos, uma análise mais aprofundada das despesas.
O assunto pouco vem sendo explorado pela mídia. Talvez o que esteja em evidência hoje no Brasil são as prisões de corruptos envolvidos no esquema da operação Lava Jato. Enquanto corruptos seguem para a cadeia, os escândalos de corrupção se proliferam em áreas jamais envolvidas com desvio de recursos: o Esporte e a CBF.
O alerta do tribunal é de fundamental importância, principalmente no momento de crise econômica que o Brasil enfrenta nos últimos meses. Os jogos olímpicos terão envolvimento de recursos públicos. A União manifestou a disposição de investir nada menos que R$ 1,3 bilhão com os serviços de energia temporária, segurança interna e equipamentos esportivos.
O TCU constatou que o orçamento do Comitê tem falhas na transparência, pois os gastos apresentados na internet são genéricos. Entre as constatações desse trabalho, verificou que venceu o prazo para entrega, ao tribunal, pelo ME, do Plano de Legado, planejamento efetivo e detalhado para utilização de instalações e equipamentos após o término das competições. Se em 2013 já existiam os problemas, é bem possível a situação estar mais complicada nos dois últimos anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário