Na semana que antecedeu o movimento nacional de impeachement contra a presidente Dilma Rousseff (PT), uma segunda mobilização circulou, em forma de anúncio e matérias jornalísticas de apoio à gestão petista, nos principais veículos de comunicação do Brasil. A Federação da Indústria do Comércio do Estado de Rondônia (Fiero), Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) e Federação do Comércio do Estado de Rondônia (Fecomércio) não ficaram de fora dessa movimentação.
A mobilização de apoio à presidente petista aconteceu de forma centrífuga e se espalhou nos Estados da federação. Em Porto Velho, na sexta-feira, a indústria voltou a se reunir e definir um pauta focada no desenvolvimento de Rondônia. O encontro aconteceu com a participação do ministro de Assuntos Estratégico da Presidência da República, Mangabeira Unger.
Não há como negar que as manifestações do último domingo contra a presidente Dilma Rousseff repercutiram de forma negativa no exterior, mas nada que possa travar as relações comerciais com o comércio internacional. A China, por exemplo, está passando por situação bem semelhante em função da desvalorização da moeda.
Presidente de grandes empresas como Votorantim, CSN, Ambev, Telefônica, TAM e Marcopolo conversaram na semana passada com o vice-presidente Michael Temer (PMDB) e outros novos encontros ocorrerão no decorrer da semana. É a indústria se mobilizando. Se está complicado para o comércio as últimas medidas adotadas pela gestão petista, talvez hoje não é possível imaginar o que vai ocorrer com um eventual impeachement.
Em Rondônia, a indústria já sente na pele o reflexo da crise, com o fechamento de frigoríficos e demissões em massa. Mas o empresariado não pode deixar ser conduzido pelo fantasma da crise. É preciso buscar novas alternativas para sair dela. Apesar do reflexo econômico negativo no Brasil, tem muita gente sendo beneficiada com esse momento.
O País, ao mesmo tempo que toma medidas econômicas para cortar os investimentos, busca oferecer outros meios para o comércio avançar. No próximo ano, o brasileiro vai poder ir às urnas e escolher, de forma independente e democrática, os futuros prefeitos. Será uma chance bem justa de ser manifestar contra o atual momento econômico.
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