Os ataques por meio de arma de fogo contra as residências do juiz Flávio Henrique de Melo e do promotor de Justiça Roosevelt Queiroz Costa Júnior, na cidade de Jaru, merecem uma resposta imediata dos setores de segurança. Atacar a Justiça é uma afronta contra a sociedade rondoniense.
No país onde índice de violência caminha paralelamente com a corrupção sobrecarregando o sistema processual eletrônico do Poder Judiciário e Ministério Público, todos estão sujeitos a enfrentar constantemente o risco de morte. Nem a Justiça está imune.
O ato violento de tentativa de intimidação contra o juiz e o promotor aconteceu na madrugada da última terça-feira e não é um fato inédito em Rondônia. Em maio deste ano, na cidade de Pimenta Bueno, a juíza Keila Alessandra e o promotor André Luiz Rocha passaram por situação bem semelhante. Uma bomba caseira foi arremessada na casa do casal e não se sabe até ontem se alguém foi preso por esse motivo.
Outro episódio que ainda não se apagou da memória da população (e muito menos das vítimas) foi um ataque contra servidores da Justiça Eleitoral. Uma caminhonete L200 do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que transportava uma juíza eleitoral e um chefe de cartório foi atingida por disparos de arma de fogo na divisa dos municípios de São Francisco do Guaporé com Costa Marques. No momento, os servidores da Justiça Eleitoral exerciam mais uma rotina de fiscalização de propaganda eleitoral irregular. Por pouco não aconteceu uma tragédia na região.
Diariamente o Poder Judiciário julga nas comarcas espalhadas pelo interior do Estado um calhamaço de processos e é natural alguém não se contentar com certas decisões. Afinal de contas, nem Jesus Cristo agradou a todos. O próprio ordenamento jurídico oportuniza ao cidadão o amplo direito de defesa.
Não se sabe se os ataques vão cessar e, muito menos, quem será a próxima vítima das próximas investidas covardes. Tentar enfraquecer a Justiça com ameaças, ou outro Poder constituído, é uma afronta ao sistema organizacional do Estado.
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