31 de agosto de 2015

Agronegócio equilibra a economia em Rondônia

O relatório apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de julho de 2015, revela que o agronegócio mantém a economia equilibrada no Estado de Rondônia com um crescimento efetivo de 5% ao ano. A produção de soja e milho representou um crescimento de 2,5%, liderando o ranking ao lado da produção de arroz, café, leite, carne e outros produtos derivados no campo.
Em 2014 de acordo com os números apresentados foram abatidos 2,004 milhões de bovinos, totalizando 483,4 milhões de toneladas de carne que fora comercializada no mercado interno e externo. O que representou para o tesouro estadual em termos de vendas e recolhimentos de impostos, por se tratar de um mercado complexo fiscalizado pelo Ministério da Agricultura os resultados financeiros não foram computados pelo IBGE.
A cultura do arroz, no Estado está abandonando o status de lavoura de beira de estrada para se tornar mais estável e competitiva, pela abertura de novas áreas, assim como em consequência das leis ambientais. Os tratos culturais, à boa qualidade do solo, mecanização e as chuvas na medida certa vem proporcionando ganho de produtividade.
Nos 52 municípios de Rondônia, o destaque ficou por conta da produção de arroz, nos municípios de Porto Velho, São Miguel do Guaporé, Machadinho do Oeste e Rio Crespo. Ao todo foram cultivadas no Estado 44.117 hectares, totalizando 123.806 toneladas que renderam R$ 76,5 milhões.

Grãos que  valem ouro

A soja está conquistando espaços importantes na região Central do Estado, ao longo da BR-364 e no município de Porto Velho, com 7,200 mil hectares plantadas. Contudo, a liderança fica para o município de Vilhena, no Cone Sul com 48 mil hectares, totalizando ao todo 232.462 hectares de lavouras desta oleaginosa que apresento uma produção de 744.627 toneladas entesourando R$ 604,5 milhões.
Nota-se que a soja se destaca de fato com mais abundância na região Sul do Estado, porém existem focos de plantio, além da região central e as margens da BR-364, ela vem se espalhando pelas regiões Norte e Nordeste do Estado de Rondônia, partindo de Porto Velho para a região de Jaci-Paraná e União Bandeirantes e também em direção ao Acre.
Outra realidade constatada pelos técnicos do IBGE, onde há produção de soja, está acontecendo uma mortandade grande de abelhas. O fenômeno vem sendo estudado, mas acredita-se que os agrotóxicos utilizados na plantação estão atingindo as células nervosas das abelhas, o que faz com elas fiquem desnorteadas e não consigam retornar para suas colmeias.
O milho é outro produto que se deu bem nas lavouras rondonienses, tanto na primeira como na segunda safra quando foram semeadas sementes em 172. 819 hectares, o que pode ser repetido pelos produtores rurais que gerou uma produção de 692.392 toneladas com os produtores obtendo uma renda de R$ 261,8 milhões.
Há uma expectativa positiva entre os pesquisadores em todas as planilhas referente à chegada de maquinário para silagem, o que vem estimulando os produtores rurais. Grande parte deles usa o milho para própria silagem dos animais, por isso estima-se um aumento da área cultivada devido ao crescimento do rebanho bovino confinado.
Este aumento real de bovinos confinados na região Sul do Estado se dá pelo reconhecimento do mercado externo relativo à qualidade da carne bovina produzida no Estado ausente de febre aftosa em consequência das campanhas de vacinação e a demanda pelo leite rondoniense e às melhorias genéticas inseridas no rebanho. 

Café e peixe

A cultura do café vem recebendo incremento tecnológico e aumentando sua produtividade, e, também pelas chuvas regulares que acabam estimulando os pequenos e médios produtores rurais. A disponibilidade no mercado de material genético de melhor qualidade, a par dos fatores climáticos favoráveis mostram o café conquistando novos rumos na economia regional.
Assim, o café cultivado no Estado gira em torno de 89.385 hectares para uma produção de 83.190 toneladas garantindo uma renda aos produtores rurais de R$ 283,1 milhões, para uma safra de 1,4 milhões de sacas de 60 quilos. 
Os técnicos do IBGE confirmam por outro lado a previsão do Governo do Estado de que a produção de peixe em cativeiro em 2015 é de 80 mil toneladas, entre tambaqui, pirarucu, pintado e jatuarana. Rondônia possui um estoque de pescado que segundo o governador Confúcio Moura, em 2018 deve alcançar 200 mil toneladas. Com mercado assegurado em centros como Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais brasileiras e exportando para Europa, o peixe rondoniense tem futuro na cadeia produtiva.
A mandioca cultivada em 24.077 hectares apresentou um resultado fantástico com uma colheita de 526.860 toneladas rendendo aos pequenos produtores rurais R$ 389,7 milhões. 

Produção de leite em alta

Com as novas tecnologias implementadas no campo, do ano de 2012 a 2014 o aumento na produção leiteira em Rondônia obteve um crescimento de 31,2%. O leite cru produzido no ano de 2013 foi de 920.496.207 litros mantendo uma média de 2,5 milhões de litros/dia. Estima-se uma produção com aumento de 2,2% para 2014, dados estes que serão divulgados até o final do ano.
Em 2014, só os laticínios com inspeção federal em Rondônia industrializaram 760 milhões de litros de leite. Sobraram ainda 160 milhões de litros que foram beneficiados em agroindústrias, produção de queijos caseiros, bem como naqueles estabelecimentos com inspeção estadual e municipal que não fora, computados na pesquisa. Não há como provar, mas existe a possibilidade real de que 15% do total do leite produzido no Estado ainda esteja sendo beneficiado na “clandestinidade”. (JOSÉ LUIZ)

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